Escargot: O prato exótico que vale a pena experimentar

Muita gente tem medo de experimentar pratos exóticos. No entanto, às vezes vale a pena dar uma chance para essas iguarias. O escargot, por exemplo, é um prato que pode surpreender pela sua delicadeza.

Em viagem para a França, me deparei com o item no cardápio e resolvi, com relutância, a experimentar o prato e gostei.

Os escargots são caracóis que são cozinhados de diversas formas. Eles podem ser servidos com molho, assados ou fritos. Além disso, os caracóis também podem ser temperados com ervas e especiarias.

Apesar de muita gente achar nojento comer caracol, o escargot é um prato saboroso e nutritivo. Ele é rico em proteínas e tem um alto teor de água. Além disso, o escargot também é uma boa fonte de cálcio e ferro.

A origem do escargot

Escargot - Concha vazia

O homem consome caracóis desde sempre. Encontrados em sítios arqueológicos desde a pré-história, não se sabe quando o animal entrou realmente no cardápio de diversas populações ao redor do mundo. Há relatos de consumo na Europa, Africa e até Ásia.

Documentos da Grécia antiga relataram o consumo da carne de caracol pelos romanos, inclusive para fins curandeiros. Sabe que que havia na Europa Medieval o consumo do animalzinho em grandes recessões, grandes fomes e guerras.

O escargot só foi ganhar pratos refinados, diz a lenda, em 1814 quando servido ao Czar da Rússia, Alexandre I, em um jantar na França pelo então príncipe Charles Maurice de Talleyrand. Claro que a nobreza queria repetir o prato chique do jantar que precisava de uma pinça e um talher específico para extrair a iguaria da concha.

Porque é tão caro?

Dizem que quanto mais difícil de se conseguir ou mais exótico é um ingrediente, mais caro ele chega à mesa do consumidor, com o escargot não é diferente. Segundo criadores, esse é um animal extremamente frágil sendo criado em ambientes de temperatura, umidade e acidez controladas.

São mais de 6 mil espécies conhecidas, mas somente 12 do gênero Helix são próprias para consumo humano. Assim, dada de pegar o caracol do jardim e cozinha-lo. Outra coisa que se deve levar em conta são as normas sanitárias para se criar as criaturinhas comestíveis: sua boca, ânus e membros sexuais ficam em cavidades próximas, facilmente contamináveis, que devem passar por processos de higienização antes do abate.

 

Receitas com a iguaria

Durante minha viagem, consegui duas receitas legais da iguaria. Confesso que a primeira eu experimentei, a segunda não. Fica avisado que não é qualquer caracol que é comestível e, principalmente no Brasil, deve ser adquirido de locais confiáveis.

Escargot à bourguignonne

Escargot a bourguignonne

– 1/2 kg de escargot em lata
– 2 colheres (sopa) de azeite
– 1 cebola picada
– 1 dente de alho picado
– 1/2 litro de vinho tinto
– 1 folha de louro
– 1 ramo de tomilho
– sal e pimenta-do-reino a gosto
– 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo

Tempere os escargots com sal, pimenta-do-reino e azeite. Em uma panela, doure a cebola e o alho no azeite. Acrescente os escargots, o vinho, a folha de louro e o tomilho. Deixe cozinhar até os escargots ficarem macios, acrescentando água se necessário. Coloque novamente os escargots nas conchinhas. Engrosse o molho com um pouco da farinha e coloque por cima.

Escargot com manteiga de ervas

Escargot com manteiga e ervas

– 6 escargots em conserva e conchas de escargot
– 3 colheres de manteiga sem sal
– Salsinha picada a gosto
– 1 colher de sopa de vinho branco
– 1 colher de chá de conhaque
– 1 dente de alho picado
– 1 cebola pequena picada
– Sal a gosto
– Pimenta do reino
– Noz-moscada a gosto

Bata em um processador a manteiga em temperatura ambiente, salsinha, cebolinha, alho, conhaque, vinho, sal, pimenta, noz-moscada. Em cada concha coloque um pouco da manteiga, o escargot e novamente manteiga. Leve ao forno a 220º por 15 minutos e sirva. Vai bem com pães branco e castanhas.

Luis Moura

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Quem sou eu

Prazer, Luis Moura. Sou publicitário de corpo e alma e geminiano dos mais loucos, nasci inquieto. Perdido entre os canais de viagem da tv e livros de história decidi vencer o medo e colocar o pé na estrada. A primeira em 2003 e a partir daí não parei mais. Por aqui desde 2016 quando a ajuda aos amigos para montar seus planos de viagem viraram coisa séria.

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