por nossa equipe
Confesso que em minhas andanças nunca tinha me atentado à arte islâmica até passar pelo MIA – Museu de Arte Islâmica em Doha no Qatar. Claro que andando pela cidade eu fiquei admirado pela quantidade de coisas diferentes e bonitas que vi, mas este museu está milhares de anos afrente ao que se vê nas ruas.
Confira nossa visita ao museu
A história do museu
Inaugurado em 2008 pelo então emir do Qatar, o Sheikh Hamad, abriu as portas em 08 de dezembro trazendo um design moderno, mas inspirado na arquitetura islâmica antiga.
Projetado pelo arquiteto IM Pei, reconhecido como um dos maiores arquitetos do mundo, que aos 91 anos de idade abandonou sua aposentadoria para viajar pelo mundo mulçumano aprendendo sobre a história e arquitetura mulçumana, ler textos que inspiraram seu projeto.
Pei negou todos os locais que lhe fora ofertado para a construção do museu e propôs a construção de uma península que foi construída no extremo sul da baia de Doha, quase em frente ao Souq Waqif. Ao lado do museu foi construído um parque em meia lua.
Os espaços do museu foram construídos pelo escritório Wilmotte & Associados, que montou uma equipe de conservação, iluminação e projetos que já haviam trabalhados com Pei na construção da Pirâmide do Louvre, em Paris.
Os cinco andares são cobertos por uma fachada de vidro ao norte e oferece uma vista panorâmica do Golfo Pérsico. O interior do edifício é decorado por várias artes islâmicas, e o grande lustre metálico pendurado sobre a escadaria principal do saguão. Muitos elementos encontrados na Mesquita Ibn Tulun são representados no edifício de forma abstrata.
Isso possibilita o acordo com valores e princípios da pós-moderna, tendência histórica que sincroniza a modernidade e a identidade arquitetônica islâmica histórica.
O terraço do museu é um dos locais mais fotografados pelos turistas. Nele você tem a visão completa e direta do skyline de Doha e as fotos ficam belíssimas. Vale uns minutos para fotos ali.
Por dentro do Museu de Arte Islâmica
Se do lado de fora a beleza impressiona, por dentro é uma viagem ao fantástico mundo da geometria. É impossível não ficar maravilhado com as linhas geométricas perfeitamente alinhadas que criam ornamentos gigantes. Não é incomum encontrar turistas tirando fotos do próprio museu.
Um dos destaques da arquitetura do museu é a escada que se alinha com um lustre oval e o teto abobadado. Os detalhes estão por todos os lados, até as luzes do elevador são personalizadas.
No hall você encontra um café (vale a pena uns minutos no café para apreciar o ambiente) e uma lojinha (onde deixei bons dólares).
A coleção do Museu de Arte Islâmica
Projetado para ser uma experiência contínua, siga as setas do museu. Elas te guiarão dos achados mais antigos aos mais novos, ajudando a contar a história. A ideia é ir subindo os pisos e ao final, estará na melhor vista da cidade.
No segundo andar do prédio, você encontrará toda uma introdução do conteúdo do museu passando por caligrafia, padrões artísticos, figuras e ciência islâmica antiga. Indo ao segundo andar, você encontrará a evolução da arte do século 7 ao 19 em vários países como Índia, Egito, Síria, Irã, Turquia e outros países. No último andar, você conta com uma exposição temporária que muda de tempos em tempos.
Visitando o Museu
Como todo ambiente público do Qatar, você tem um dress code para entrar. Não é permitida a entrada com vestidos, camisetas regatas ou muito coladas.
O Museu funciona das 9 às 19hs, de segunda a segunda.
Visitas guiadas gratuitas – Todas as quintas e sábados às 14h. Os passeios duram 40 minutos. em inglês e árabe.
O ingresso custa QAR50, mas lembro de ter utilizado o passe de museus para entrar. Esse passe dá direito entre muitas coisas ao MIA, Museu Nacional e ao Museu de Arte Moderna.
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